No dia 15 de Junho, foi apresentado um trabalho conduzido pela professora Isabel Ferin, da Universidade de Coimbra, e por Clara Almeida Santos, intitulado: MEDIA, IMIGRAÇÃO E MINORIAS ÉTNICAS.
Neste trabalho, encomendado pelo Observatório da Imigração, entidade pertencente ao Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), foram observadas 1791 peças jornalísticas respeitantes a 2004 (imprensa e televisão). Desta análise, as autoras concluíram ter havido um pico em Janeiro, sendo a hipótese explicativa o facto de as quotas de entrada de imigrantes terem constado da agenda política nessa altura.
Dos principais temas abordados nas notícias ressaltam: o ilegal (ou indocumentado) e o policial. Mas o crime é o mais abordado enquanto assunto noticioso (19,5% das peças de imprensa e 26,6% em televisão). As autoras encontraram uma dicotomia nas peças de televisão: muito curtas (em voz off) mas também mais compridas (reportagens).
Tem havido, ao longo do tempo, uma melhor definição de minorias, deixando o singular para passar a distinguir as várias origens: de leste, brasileiros, chineses, paquistaneses, indianos. Por exemplo, na televisão deu-se uma maior ênfase à comunidade chinesa enquanto a cigana (predominante no ano anterior) quase desapareceu. Em termos de peças de imprensa, há uma dispersão geográfica ao passo que as notícias de televisão localizam-se em Lisboa (35,4%), devido às estações estarem aqui situadas. Quanto a vozes, a imprensa recorre com frequência a especialistas sobre a imigração (8%), ao passo que a televisão junta especialistas e vozes populares, verificando-se um decréscimo de vozes institucionais (SEF, governo, polícia).
O trabalho foi comentado por jornalistas, num conjunto de contributos úteis. Refira-se que este é o terceiro trabalho de análise dos media sobre imigração e minorias étnicas, fruto de encomenda do ACIME, sendo o primeiro executado pelo Obercom e o segundo liderado pela professora Isabel Ferin.
Neste trabalho, encomendado pelo Observatório da Imigração, entidade pertencente ao Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), foram observadas 1791 peças jornalísticas respeitantes a 2004 (imprensa e televisão). Desta análise, as autoras concluíram ter havido um pico em Janeiro, sendo a hipótese explicativa o facto de as quotas de entrada de imigrantes terem constado da agenda política nessa altura.
Dos principais temas abordados nas notícias ressaltam: o ilegal (ou indocumentado) e o policial. Mas o crime é o mais abordado enquanto assunto noticioso (19,5% das peças de imprensa e 26,6% em televisão). As autoras encontraram uma dicotomia nas peças de televisão: muito curtas (em voz off) mas também mais compridas (reportagens).
Tem havido, ao longo do tempo, uma melhor definição de minorias, deixando o singular para passar a distinguir as várias origens: de leste, brasileiros, chineses, paquistaneses, indianos. Por exemplo, na televisão deu-se uma maior ênfase à comunidade chinesa enquanto a cigana (predominante no ano anterior) quase desapareceu. Em termos de peças de imprensa, há uma dispersão geográfica ao passo que as notícias de televisão localizam-se em Lisboa (35,4%), devido às estações estarem aqui situadas. Quanto a vozes, a imprensa recorre com frequência a especialistas sobre a imigração (8%), ao passo que a televisão junta especialistas e vozes populares, verificando-se um decréscimo de vozes institucionais (SEF, governo, polícia).
O trabalho foi comentado por jornalistas, num conjunto de contributos úteis. Refira-se que este é o terceiro trabalho de análise dos media sobre imigração e minorias étnicas, fruto de encomenda do ACIME, sendo o primeiro executado pelo Obercom e o segundo liderado pela professora Isabel Ferin.
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