sexta-feira, outubro 17, 2025

Reportagens para o Jornal Expresso, no âmbito do Projeto MMP

No âmbito do Migrant Media Project (MMP) - um projeto da Associação Pão-a-Pão, desenvolvido em parceria com o jornal Expresso e com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian -, publiquei recentemente duas reportagens para o Jornal Expresso:

1 - Há brasileiros em Portugal a votar à direita e contra a imigração: eis as razões deles

2 - Imigrantes com diploma lutam para ter trabalho qualificado e portugueses não veem condições para regressar a casa

Reportagem publicada na versão impressa do Jornal Expresso
O MMP é um projeto de jornalismo inclusivo que pretende criar uma rede de jornalistas migrantes a viver em Portugal e noutros países da União Europeia, conectando esses jornalistas aos meios de comunicação generalistas em Portugal. Durante o projeto, os jornalistas receberam formação e desenvolveram reportagens para publicação no Jornal Expresso. No fim do projeto, houve um evento com a presença do Ministro da Presidência, Leitão Amaro, que participou em um debate no qual eu estive a moderar.

quarta-feira, abril 17, 2024

Para quem se interessa pelas #migrações, deixo-vos as minhas publicações de 2023 e 2024!

Iorio, J. C., and Silva, K. (2024). (Dis)connection between Multiculturalism, Higher Education and Health: Experiences of International Students in Portugal during the Covid-19 Pandemic
Education Sciences 14, no. 1: 71. (Open Acess)

Iorio, J., & Gaspar, S. (2024). The language that unites us is the one that also separates us: Portuguese language use by Brazilian and African youth in Portugal.
Journal of Language and Discrimination, 8(1), 50-73. 

Silva, A. V., Iorio, J. C., & Fonseca, M. L.. (2024). Vidas interrompidas e futuros suspensos: experiências de estudantes brasileiros em Portugal durante a pandemia Covid-19.
REMHU: Revista Interdisciplinar Da Mobilidade Humana, 32, e321837. (Open Acess)

Hilário, A. P., Iorio, J., Mendonça, J. ., & Silva, K. . (2024). Hesitação vacinal infantil sob o ponto de vista dos profissionais de saúde: um olhar sobre o lugar das comunidades imigrantes e minorias étnicas em Portugal.
Análise Social, 59(252), e22101. https://doi.org/10.31447/2022101

Aleksandra Wagner, Paulina Polak, Tadeusz Józef Rudek, Maria Świątkiewicz-Mośny, Alistair Anderson, Marlies Bockstal, Luigi Gariglio, Jaroslava Hasmanová Marhánková, Ana Patrícia Hilário, Pru Hobson-West, Juliana Iorio, Aappo Kuusipalo, Dino Numerato, Alice Scavarda, Pedro Alcântara da Silva, Eva Soares Moura, Pia Vuolanto. (2024). “Agency in urgency and uncertainty. Vaccines and vaccination in European media discourses”.
Social Science & Medicine,Volume 346, 116725,ISSN 0277-9536. (Open Acess)

Pia Vuolanto, Ana Nunes Almeida, Alistair Anderson, Petra Auvinen, André Beja, Piet Bracke, Mario Cardano, Melissa Ceuterick, Tiago Correia, Elisabetta DE Vito, Katrijn Delaruelle, Ana Delicado, Maurizio Esposito, Maria Ferrara, Luigi Gariglio, Cátia Guerreiro, Jaroslava Hasmanová Marhánková, Ana Patrícia Hilário, Pru Hobson-West, Juliana Iorio, Katri-Maria Järvinen, Annariina Koivu, Zuzana Kotherová, Aapo Kuusipalo, Esther Lermytte, Joana Mendonça, Rita Morais, Dino Numerato, Paulina Polak, Tadeusz Rudek, Sara Sbaragli, Alice Scavarda, Katielle Silva, Pedro Alcantâra DA Silva, Jonas Sivelä, Eva Soares Moura, Maria Świątkiewicz-Mośny, Giuseppe Tipaldo, Aleksandra Wagner. (2024). Trust matters: The Addressing Vaccine Hesitancy in Europe Study.
Scandinavian Journal of Public Health. 0(0). (Open Acess)

Gaspar, Sofia; Iorio, Juliana. (2023) Integração social dos jovens migrantes e descendentes de migrantes no Concelho de Sintra (2019-2020).
Portugal: Mundos Sociais. (Open Acess)

quarta-feira, novembro 30, 2022

Mobilidade em tempos de imobilidade: estudantes internacionais em Portugal durante a pandemia da COVID-19

Finalmente foi publicado um artigo que escrevi em co-autoria com a minha amiga Adélia Verônica Silva, sobre a "Mobilidade em tempos de imobilidade: estudantes internacionais em Portugal durante a pandemia da COVID-19".

O objetivo deste artigo é compreender de que modo a crise provocada pelo coronavírus (COVID-19) tem impactado o ensino-aprendizagem dos estudantes internacionais no ensino superior português, e de que forma novos projetos de mobilidade estudantil têm sido repensados e renegociados durante a pandemia. A metodologia inclui a análise dos resultados de um questionário online — respondido por 703 estudantes internacionais, matriculados num estabelecimento de ensino superior em Portugal — para além de entrevistas individuais online — realizadas com 22 desses estudantes e também com aqueles que têm intenção de estudar em Portugal. Enquanto, para alguns, a pandemia representou a possibilidade de se fazer “mobilidade” estando “imóvel” (em seu país de origem, ou mesmo em Portugal, necessitando “apenas” de um computador e uma ligação à internet); para outros, potenciou as desigualdades sociais e econômicas, dificultando, e muitas vezes impossibilitando, a realização da “mobilidade” nesses moldes.

O artigo, submetido em Abril de 2021, foi publicado em português e em inglês

quarta-feira, setembro 07, 2022

Apesar dos 200 anos de independência de Portugal, mais de 200 mil brasileiros preferem viver hoje na antiga metrópole

Esse ano o Brasil comemora 200 anos de independência e, no próximo dia 2 de Outubro, alguns também irão comemorar a eleição do 39º presidente da república brasileira. Digo alguns porque, tendo em vista a polarização das últimas eleições, apesar de eu não viver no Brasil, consigo imaginar que esse ano também teremos um país polarizado. No entanto, esse ano eu decidi não fazer parte disso. Pelo menos não irei me envolver em discursos polarizados e extremistas.
- Não, eu não vou discutir política nas redes sociais e nem fazer campanha para esse ou aquele presidente.
- Não, eu não vou comprar brigas com familiares, amigos, conhecidos (e até desconhecidos), porque nas últimas eleições isso não me trouxe nenhum benefício (antes pelo contrário!)

Contudo, talvez numa tentativa "naife" de contribuir para uma escolha mais informada e consciente, vou somente apresentar alguns dados que, vivendo no exterior, e estudando migrações, eu fui tendo acesso ao longo desses anos.

No final de 2011 e durante 2012 percebi que houve um aumento no número de estudantes brasileiros no ensino superior em Portugal. Assim, em 2013 decidi fazer um doutoramento para tentar compreender porque isso estava acontecendo, e desenvolvi a minha pesquisa entre o segundo semestre de 2014 e o primeiro de 2016. Através dessa pesquisa, pude concluir que:

1 - As políticas governamentais de expansão do ensino superior no Brasil estavam a começar fazer com que mais estudantes, de diversos estados brasileiros, tivessem mais acesso ao ensino superior;

2 - A mobilidade internacional dos estudantes brasileiros do ensino superior também estava sendo favorecida, na medida em que as classes menos favorecidas conseguiam obter mais financiamentos para este fim, e que as classes mais favorecidas tinham mais possibilidade de custearem os seus estudos em Portugal.

Ou seja, entre 2014 e 2016 observei que mais jovens tiveram acesso ao ensino superior no Brasil e mais jovens tiveram condições de estudar no exterior, com ou sem bolsas de estudos. É lógico que a condição económica favorável do Brasil também foi beneficiada pela condição económica desfavorável que Portugal experiênciou a partir da crise financeira global de 2007–2008. No entanto, o que importa salientar aqui é que, nessa época, enquanto os jovens brasileiros "em vias de qualificação" conseguiram "enriquecer o currículo" com uma experiência de estudo no exterior (e a maioria tinha intenção de retornar ao Brasil após os estudos, porque as condições profissionais lá estavam mais favoráveis); os brasileiros "menos qualificados", que já viviam em Portugal, começaram a retornar para o Brasil, justamente devido às condições profissionais e económicas mais favoráveis no Brasil.

O que eu quero dizer com tudo isso é:

Se, até 2016, a situação no Brasil estava ruim, porque muitos brasileiros que estavam emigrados resolveram retornar?

- Se, até 2016, a situação no Brasil estava tão ruim, como tantos jovens brasileiros conseguiram estudar no exterior?

O que os dados do Serviço Nacional de Estrangeiros (SEF) em Portugal têm nos mostrado, é que desde 2016 há um aumento no stock de brasileiros em Portugal, tendo o fluxo só diminuído em 2020 devido à pandemia ocasionada pela Covid-19. Portanto, desde 2016 vimos notícias dizerem que os imigrantes brasileiros em Portugal têm aumentado, sendo que neste ano tais notícias deram conta de que o número de brasileiros neste país nunca foi tão grande (252 mil, pouco mais de 23% em relação à 2021). Nesse caso, eu não consigo deixar de interrogar:

- Se a situação no Brasil hoje não está ruim, porque a imigração de brasileiros em Portugal não pára de aumentar? Por que tantos brasileiros hoje querem vir para Portugal, mais do que em qualquer outro período?

Sabemos que há inúmeros factores (contextuais, relacionais e individuais) que levam as pessoas à emigrarem, e que a situação política e económica dos países de origem e destino são só alguns dos factores que podem influenciar as decisões de migrar. Por isso, hoje, apesar das notícias divulgarem que Portugal tem facilitado o acesso de brasileiros para procurarem trabalho no país (já que a sua económia precisa de mão de obra imigrante); essas mesmas notícias também têm dado conta que:

Qualificados, brasileiros penam para entrar no mercado português...

- Brasileiros têm que enfrentar um "mar" de burocracias para permanecerem em Portugal;

- Queixas de discriminação contra brasileiros aumentaram em Portugal

Nesse caso, eu também não consigo deixar de perguntar:

- Se hoje, a situação no Brasil não está ruim, porque brasileiros qualificados vêm para Portugal, apesar da dificuldade que encontram para ingressarem no mercado de trabalho?

- Se hoje, a situação no Brasil não está ruim, porque brasileiros preferem enfrentar um "mar" de burocracias para permanecerem em Portugal?

- Se hoje, a situação no Brasil não está ruim, porque brasileiros permanecem em Portugal, apesar da discriminação que referem?

Uma vez mais eu volto a referir que, obviamente, existem diversos motivos para migrar, e que não podemos atribuir todas as escolhas somente à situação política e económica de ambos os países. No entanto, o que eu quero que o leitor reflita com esse texto é: 

- Como se encontra hoje a situação política e económica brasileira? 

- Será que o aumento da emigração no Brasil hoje, também pode estar relacionado com a atual situação política e económica desse país? 

- Se sim, como eu posso contribuir para mudar essa situação?

Por isso, no dia 2 de Outubro, pense muito bem em como você irá exercer o seu direito de voto, para que você não tenha que mudar de país, mas consiga sim mudar o país. É importante comemorarmos 200 anos de independência, mas é estranho sabermos que mais de 200 mil brasileiros hoje preferem viver na antiga metrópole.

Juliana Iorio
Doutora em Migrações
(este texto está protegido pela lei de direitos de autor)

quinta-feira, setembro 01, 2022

"Volta para sua terra" - a frase que pode ter mais a ver com a situação económica do imigrante, do que com a sua nacionalidade propriamente dita

Fui contactada por uma repórter do Jornal Correio (Bahia/Brasil), que estava a fazer uma reportagem sobre xenofobia contra brasileiros em Portugal. Ela me disse que, como havia visto que eu abordei o tema da migração de estudantes brasileiros para Portugal na minha tese de doutoramento, gostaria de conversar comigo.
Uma das perguntas que ela me fez foi, "o que está por trás do aumento de brasileiros em Portugal?", pelo que eu respondi que qualquer coisa que eu dissesse nesse momento seria especulativo, uma vez que essa imigração mais recente ainda não foi estudada. No entanto, para tentarmos perceber o que se passa agora é preciso, antes de mais, conhecermos a história contemporânea da imigração brasileira em Portugal. E o que sabemos?
Em primeiro lugar, sabemos que a imigração brasileira em Portugal não é algo recente, ou seja, o aumento ou diminuição de brasileiros em Portugal nas últimas décadas têm a ver com fatores contextuais - as condições políticas, sociais e económicas tanto do Brasil como de Portugal; mas também com fatores individuais e relacionais - ou seja, as características de cada indivíduo, como o capital linguístico, por exemplo; e com as suas redes de contacto no país. Por isso, a imigração brasileira em Portugal tem sido marcada por diferentes "vagas" (a que a repórter chamou de "ondas"), que têm recebido diferentes perfis de brasileiros consoante a situação política e económica do Brasil e de Portugal; as características de cada indivíduo (classe social, nível educacional, se emigram para trabalho, estudo, investimento, aposentadoria, etc), e quais redes de contacto possuem.
Nesse sentido, a frase "volta para sua terra", que muitos brasileiros relatam ouvir, acaba por ser mais recorrente quando se nota um aumento de um determinado perfil dessa nacionalidade no país (ou seja, tem mais a ver com a classe social - e aí podemos falar que o preconceito tem mais a ver com a situação económica do cidadão, do que com a nacionalidade propriamente dita); e a frase "os brasileiros vieram roubar o nosso emprego" também começa a ser mais recorrente quando há um aumento na taxa de desemprego em Portugal, apesar de sabermos que os imigrantes aceitam trabalhos e condições que os portugueses não estão dispostos a aceitar.
Assim, a integração na sociedade portuguesa irá depender de diversos fatores como, por exemplo, se esses imigrantes já possuem redes estabelecidas, mas também das suas classes sociais, género, e etc (não vou abordar aqui as diferenças de género, porque se não esse texto não teria mais fim. Mas todo mundo sabe que a imagem que o próprio Brasil "vende" da mulher brasileira tem contribuído para a criação de um estereótipo que não facilita em nada a vida dessa mulher, dentro e fora do Brasil).
Mas voltando à integração do brasileiro na sociedade portuguesa, tem-se observado também que, por incrível que pareça, a língua têm sido um empecilho para essa integração, porque ainda existe uma não aceitação da língua portuguesa - norma brasileira - em Portugal, o que pode fazer com os brasileiros sejam alvo de preconceito linguístico, ou da chamada glotofobia (que une diversos tipos de preconceitos em um só - como o linguístico, o de classe, etnia, e etc).

Portanto, as migrações e as relações subjacentes ao ato de migrar, não são tão lineares e nem tão fáceis de se compreender. De qualquer forma, quem tiver interesse, pode ler a reportagem publicada pelo Jornal Correio aqui!

#imigração #brasileirosemportugal

terça-feira, junho 07, 2022

A vacinação em debate nos meios de comunicação social em Portugal

Para quem possa interessar, foi publicado no Blog do LIFE – Percursos de Vida, Desigualdade e Solidariedade: Práticas e Políticas (grupo de investigação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), um post de minha autoria e da Katielle Susane, acerca do projeto em que estou a trabalhar («VAX.TRUST – Addressing vaccine hesitancy in Europe»):

A vacinação em debate nos meios de comunicação social em Portugal | Life (wordpress.com)

Para citar:

Iorio, Juliana Chatti & Silva, Katielle (2022). “A vacinação em debate nos meios de comunicação social em Portugal” Antes e Durante a COVID-19. Life Research Group Blog, ICS-Lisboa, https://liferesearchgroup.wordpress.com/2022/05/18 18 maio de 2022

terça-feira, abril 05, 2022

Alguns trabalhos que me deram muito prazer!

Remexendo no passado, encontrei algumas reportagens que me deram muito prazer!

Em 2001, eu fiz uma série de 3 reportagens para o Jornal Integração, acerca da "Paz".

A primeira delas, publicada em maio de 2001, deu a conhecer o trabalho que a Unipaz, uma universidade especializada no assunto, estava a fazer naquela altura.

A segunda, publicada em Junho de 2001, entrevistou o já falecido padre Haroldo Rahm (1919-2019) que deu a conhecer o que a Associação Promocional Oração e Trabalho estava a fazer, naquela altura, para a recuperação de toxicodependentes.

Por fim, a terceira reportagem desta série, publicada também em Junho de 2001, deu conta de instrumentos menos convencionais e mais alternativos, que também contribuíam para que algumas pessoas encontrassem a paz, como a astrologia e a radiestesia:


Juliana Iorio, 2001

quarta-feira, março 30, 2022

Encerrando um capítulo

Eu nasci em Campinas, vivi 24 anos da minha vida nessa cidade, 1 ano em Belo Horizonte, e os ultimos 22 anos em Portugal (Castelo Branco, Lisboa e Amadora). Hoje, estou encaixotando o que, desses 47 anos de vida, ainda estavam em Campinas, uma vez que os meus pais não vão mais morar aqui. É muito estranho saber que já não terei a casa dos meus pais em Campinas, quando vier aqui... Mas, mais estranho ainda, é perceber o quanto eu fiz em 47 anos de vida, o quanto eu acumulei, o quanto eu guardei, sendo que sempre tive a sensação de que não fazia nada, ou fazia muito pouco... Desde a faculdade, sempre tive o hábito de guardar o que publicava. Desde a revista da própria faculdade, até as minhas primeiras experiências profissionais, no jornal "O Arroto", de Itapira 😂; "A Voz", de Sumaré, até todos os exemplares dos anos que trabalhei no jornal Integração, de Barão Geraldo. No meio do caminho, fui correspondente do "Jornal 4 esquinas", que na época existia em Viseu (Portugal), da revista "Mundo Brasil ", que na época existia em Itália, até que emigrei para Portugal (Castelo Branco), onde trabalhei no Jornal "O Povo da Beira". Esse jornal me deu o primeiro contato com a língua portuguesa, norma-padrão europeia. Assim, após um período escrevendo "Breves", para me habituar às variações linguísticas, comecei a escrever notícias e reportagens sobre todos os assuntos relacionados com o Distrito de Castelo Branco. Isto fez com que eu me familiarizasse não só com a vida política, económica e social desse pedacinho de Portugal, como me deu a oportunidade de conhecer parte da cultura portuguesa, que até então eu não conhecia. Foi lá que fui à um concerto do finado pianista Bernardo Sasseti, foi lá que conheci a pianista Maria João Pires, o poeta Valter Hugo Mãe, e assisti à um concerto em homenagem à Zeca Afonso.
Mas Portugal me deu, também, a oportunidade de fazer um mestrado em Comunicação e Indústrias Culturais, de ser convidada pelo professor Rogério Santos para escrever na Revista Media XXI, de conhecer o colega de mestrado Rui Marques, antigo Alto Comissário para as Migrações (ACM), e de trabalhar para a equipa de comunicação do Programa Escolhas, um programa do ACM, e para o Programa Nós, um programa de TV do ACM, transmitido pela RTP2. Esses programas me deram a possibilidade de adquirir a minha carteira profissional de jornalista em Portugal e de começar a desenvolver trabalhos como freelancer no Brasil e em Portugal. E foi assim, como freelancer, que trabalhei para o Portal UOL, que me associei à Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal, que passei a escrever artigos de opinião para o Jornal Diário de Notícias, que colaborei com a Revista Persona Mulher e com o Portal G1. Hoje, joguei muita coisa fora... Mas não podia deixar tudo ir para o lixo sem assinalar o quão importante foram todas essas experiências para mim. Afinal, não foram tão poucas assim...


Juliana Chatti Iorio
30 de Março de 2022